Uma simples amigdalite evolui para um abscesso no paragânglio
direito de quase 2 cm o que me levou a uma internação e uma quase intervenção
cirúrgica. Poderia ter sido evitado se não
fosse ERRO na MEDICAÇÃO. A famosa BENZETACIL (penicilina) e AZITROMICINA ainda
tão utilizadas, não são as mais indicadas, há muitos outros antibióticos mais
modernos e potentes (específicos), me
disse o último médico! Não pretendia publicar
esta experiência mas sei que poderá ajudar e precaver muitas pessoas.
Uma viagem a trabalho
e lazer se converte numa peregrinação de hospitais!
Uma semana atrás fui contratada para fotografar uma amiga em
Brasília. Na primeira noite senti minha garganta secar, varias vezes levantei
para beber agua, dois dias depois uma febre me derruba com a garganta
completamente inflamada já com placas - caso de antibiótico. Manuela me leva
para um hospital público e uma médica jovem me receita uma injeção de
Benzetazil e Azitromicina via oral por 3 dias. Foram 4 horas entre a espera e a
medicação, um absurdo o descaso principalmente dos funcionários, uma falta de
respeito com os pacientes, poderia relatar cada detalhe que observei mas fica
para outra.
Nessa mesma noite eu tinha uma viagem confirmada para Maranhão,
também a convite de uma amiga que me contratou para fotografar sua pousada em
Barreirinhas e os lençóis Maranhenses - a maior atração da cidade.
Cheguei doente e tentei me virar com os medicamentos que estava
administrando: Azitromicina (antibiótico)+ Paracetamol (anti térmico)+ Ibuprofeno
(antiinflamatório) – uma bomba para meu estômago. Como era de se esperar, provocou
uma crisis de gastrite e fui parar no único hospital da cidade - público. Fui muito bem atendida pelo Dr Jesus
(gostei do nome), me colocou soro e uma série de medicamentos endovenosos para
amenizar a dor e tratar essa gastrite, indicou a troca de alguns medicamentos: Novalgina + Pantoprazol (protetor gástrico) +
Melocox (antiinflamatório menos agressivo).
Antes do amanhecer do dia seguinte, retorno para o hospital
com muita febre e a garganta quase fechando, o medico de plantão me aplica
outra série de medicamentos endovenosos, soro e a segunda dose de Benzetacil e me receita outras 4 doses, uma a
cada 3 dias, total 5 doses. Marilene, minha amiga, bem preocupada resolveu me levar para a capital a
procura de um especialista, achei que não fosse necessário porque esse dia
finalmente minha febre passou, minha voz voltou ao normal eu já me sentia um pouco melhor - engano meu e sorte que ela não me deu ouvidos!. Nesse mesma madrugada fomos parar num
hospital particular em São Luis, com crisis em ambos: garganta e estomago. O
atendimento muito bom, o medico pediu exame de sangue,
tomografia no pescoço e raio X no estômago Num par de horas ele já tinha todos os
resultados em mãos e ao ver o nível dos meus Leucócitos (indicam infecção) e PCR
(proteína C reativa), me encaminhou para internação. Tratava-se um abscesso
(foco infeccioso) no gânglio do pescoço que poderia complicar para um quadro grave de infecção caso o
tratamento não fosse imediato. As alternativas neste caso eram: tentar novos
antibióticos observando a resposta ou uma drenagem da pus (pequena cirurgia).
Fiquei bem preocupada e triste, dificilmente adoeço e justo
me acontece isso estando longe de casa! Sem saída lá fui para a sala de observação
enquanto meu plano de saúde liberasse o quarto e pedi para minha amigo ir para
sua casa eu já estava em boas mãos. Sinceramente foi uma experiência muito interessante
em vários sentidos. Estar diante da dor dos outros e da minha, sentir na pele o
que tantas pessoas sentem: dor, medo, desamparo, desconforto com a
administração dos medicamentos, desconhecia a dor do antibiótico endovenoso .... consciente que a dimensão da minha dor
era infinitamente menor que a de muitos deles.
A experiência foi bacana também, pelas amizades feitas
lá dentro, fiz algumas fotinhos sempre com autorização, emprestei minha cama para Manuel que precisava de
duas horas para uma transfusão sanguínea e em troca ganhei um forte abraço, na
cama do lado Ramon com sua esposa Ana Paula (acompanhante) me adotaram e
cuidaram de mim o tempo todo, inclusive eles avisavam as enfermeira cada vez que meus
medicamentos e soro terminavam para trocar por outros, enquanto eu dormia. Sem falar na corrente de orações e vibrações
vindas dos familiares e amigos pelo telefone e internet é
inexplicável a alegria de se sentir tão amada e acompanhada mesmo a distância.
Meu MUITO Obrigado a todos, guardo cada um no meu coração e em especial a
Manuela e Marilene e seus respectivos maridos, pelo atenção e o tempo
dispensado comigo.
Em fim, amanheci com a visita do médico de plantão e ao me
examinar me falou que os NOVOS antibióticos (posso passar o nome p quem tiver
interesse)e medicamentos aplicados durante a tarde e noite ali no hospital teve
um saldo positivo, diminui significativamente a inflamação e bastaria seguir
com o administração deste por 7 dias, não sendo necessário a drenagem, poucas
horas depois o responsável por esta intervenção pequena mas invasiva – o Otorrino
confirma a prescrição e assim me deram ALTA, Ufa para minha alegria e da minha torcida!!!!
Moral da história: cuidado com a BENZETACIL; suspeitem quando os medicamentos já não
respondem é hora de buscar outro médico; pedir exames específicos; não subestimem uma
dor de garganta e outras “simples” doenças pois elas podem complicar!!!!!
Ah ... já ia esquecendo que por recomedaçao medica devo ficar alguns
dias aqui ainda (nada de avião) e por isso farei as fotos da pousada e dos lençóis,
sem abusar do sol, agua e esforço físico. Aguardem as imagens!
Acho que terei que pagar SOBREPESO de vagagem com todos os medicamentos comprados, fora o prejuízo no bolso!