segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Maranhão


Uma grande amiga e ex-colega de profissão farmacêutica, decidiu abrir uma pousada em Barrerinhas e há muito tempo vinha me convidando para visita-la e fotografar seu estabelecimento e os passeios pelos lençóis, finalmente em julho deste ano nossas datas coincidiram eu lá fui eu.

Há muitos caminhos que levam ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, o mais comum é chegando via São Luís, capital de Maranhão e viajar até Barrerinhas por 3 alternativas: 1. Carro ou van fretada - viagem de 3 horas pela Translitorânea - MA402;  2. Ônibus - parte do Terminal Rodoviário e leva em média 4 a 5 horas e 3. Avião monomotor - apenas 50 minutos de viagem e beeeem mais caro.


O Parque possui uma área 155 mil hectares de dunas e lagoas – o detalhe é que elas mudam de lugar e forma pela ação do vento. As grandes formações de areia alcançam até 40 m de altura. Entre maio a setembro é considerado alta estação porque as lagoas estão cheias de água (ação da chuva), na baixa estação é também muito bonito interessante mas algumas lagoas estão secas.




Passeios nos Lençóis Maranhenses
Todas as manhãs, os jipes de tração 4x4, bem apropriados para andar na areia e na agua, passam pelos hoteis e pousadas recolhendo os turistas que compraram os passeios.
A primeira travessia para chegar ao Parque Nacional, é atravessar o rio Preguiça numa balsa bem primitiva.  Logo o carro percorre uma trilha de terra, areia e poças de água, verdadeira aventura, durante mais ou menos uma hora. Dependendo do passeio o carro chega até determinado ponto e todos descem e é hora de caminhar pelas dunas até chegar nas lagoas e entao poder se deliciar com um banho nas lagoas de água doce.

 




Os passeio mais famosos e bonitos é a Lagoa Azul e Bonita. Quando o passeio é feito de tarde é presenteado com um por-do-sol espetacular (preço médio por pessoa R$ 65)
Outro passeio é descer o Rio Preguiças que margeia o Parque dos Lençóis até desembocar no Oceano Atlântico. A viagem pode ser em barco de linha, barco fretado ou em voadeiras. Este passeio saí de manhã bem cedo e retorna no meio da tarde. Ele vai parando em alguns pontos entre eles: o municipio de Vassouras onde ficam os pequenos lençõis e a tenda dos macacos micos, tipicos dessa região. 






A segunda parade é no povoado de Mandacaru para visitor o Farol Preguiças. São 160 degraus para subir em caracol, 35 metro de altura. Do alto é possivel avistar o encontro do rio com o mar. Entrada gratuita.

Um pouquinho mais de barco e chegamos no vilarejo chamado Caburé, que consiste num par de pousadas e restaurantes e muitas casinhas de barco de pescador.

Encontro do rio e do mar. 


Uma opção para conhecer os lençóis para quem não tem medo de altura e quer ter uma vista panorâmica é o passeio em monomotor, dura aproximadamente 30 minutos e custa em média R$ 230,00 por pessoa. 

O piltoto foi muito gentil e tirou a porta para que eu pudesse fotografar melhor, caso contrário eu estaria limitada a fotografar pela janelinha, Confesso que senti muito medo mas confiei no cinto de segurança e em Deus.




Onde ficar:
Pousada Paraíso dos Lençóis
Endereço: Av. Joaquim Soeiro de Carvalho, 117 - Centro
Barreirinhas - Ma - 65059-000

Fones: Fixo 0XX98.3349.1809
Oi 0XX9888356753
Tim 0XX98 8163.5968/8314.7569
Vivo 0XX98.91429684
Claro 0XX98. 8483.0896





quarta-feira, 30 de julho de 2014

Se a medicação não responde - MUDE!





Uma simples amigdalite evolui para um abscesso no paragânglio direito de quase 2 cm o que me levou a uma internação e uma quase intervenção cirúrgica. Poderia ter sido evitado se não fosse ERRO na MEDICAÇÃO. A famosa BENZETACIL (penicilina) e AZITROMICINA ainda tão utilizadas, não são as mais indicadas, há muitos outros antibióticos mais modernos e potentes (específicos),  me disse o último médico!  Não pretendia publicar esta experiência mas sei que poderá ajudar e precaver muitas pessoas.

 Uma viagem a trabalho e lazer se converte numa peregrinação de hospitais!

Uma semana atrás fui contratada para fotografar uma amiga em Brasília. Na primeira noite senti minha garganta secar, varias vezes levantei para beber agua, dois dias depois uma febre me derruba com a garganta completamente inflamada já com placas - caso de antibiótico. Manuela me leva para um hospital público e uma médica jovem me receita uma injeção de Benzetazil e Azitromicina via oral por 3 dias. Foram 4 horas entre a espera e a medicação, um absurdo o descaso principalmente dos funcionários, uma falta de respeito com os pacientes, poderia relatar cada detalhe que observei mas fica para outra.

Nessa mesma noite eu tinha uma viagem confirmada para Maranhão, também a convite de uma amiga que me contratou para fotografar sua pousada em Barreirinhas e os lençóis Maranhenses - a maior atração da cidade.

Cheguei doente e tentei me virar com os medicamentos que estava administrando: Azitromicina (antibiótico)+ Paracetamol (anti térmico)+ Ibuprofeno (antiinflamatório) – uma bomba para meu estômago. Como era de se esperar, provocou uma crisis de gastrite e fui parar no único hospital da cidade -  público. Fui muito bem atendida pelo Dr Jesus (gostei do nome), me colocou soro e uma série de medicamentos endovenosos para amenizar a dor e tratar essa gastrite, indicou a troca de alguns medicamentos:  Novalgina + Pantoprazol (protetor gástrico) + Melocox (antiinflamatório menos agressivo).

Antes do amanhecer do dia seguinte, retorno para o hospital com muita febre e a garganta quase fechando, o medico de plantão me aplica outra série de medicamentos endovenosos, soro e a segunda dose de Benzetacil  e me receita outras 4 doses, uma a cada 3 dias, total 5 doses. Marilene, minha amiga, bem preocupada resolveu me levar para a capital a procura de um especialista, achei que não fosse necessário porque esse dia finalmente minha febre passou, minha voz voltou ao normal eu já me sentia um pouco melhor - engano meu e sorte que ela não me deu ouvidos!.  Nesse mesma madrugada fomos parar num hospital particular em São Luis, com crisis em ambos: garganta e estomago. O atendimento muito bom, o medico pediu exame de sangue, tomografia no pescoço e raio X no estômago  Num par de horas ele já tinha todos os resultados em mãos e ao ver o nível dos meus Leucócitos (indicam infecção) e PCR (proteína C reativa), me  encaminhou para internação.  Tratava-se um abscesso (foco infeccioso) no gânglio do pescoço que poderia complicar para um quadro grave de infecção caso o tratamento não fosse imediato. As alternativas neste caso eram: tentar novos antibióticos observando a resposta ou uma drenagem da pus (pequena cirurgia).

Fiquei bem preocupada e triste, dificilmente adoeço e justo me acontece isso estando longe de casa! Sem saída lá fui para a sala de observação enquanto meu plano de saúde liberasse o quarto e pedi para minha amigo ir para sua casa eu já estava em boas mãos. Sinceramente foi uma experiência muito interessante em vários sentidos. Estar diante da dor dos outros e da minha, sentir na pele o que tantas pessoas sentem: dor, medo, desamparo, desconforto com a administração dos medicamentos, desconhecia a dor do antibiótico endovenoso .... consciente que a dimensão da minha dor era infinitamente menor que a de muitos deles. 

A experiência foi bacana também, pelas amizades feitas lá dentro,  fiz algumas fotinhos  sempre com autorização, emprestei minha cama para Manuel que precisava de duas horas para uma transfusão sanguínea e em troca ganhei um forte abraço, na cama do lado Ramon com sua esposa Ana Paula (acompanhante) me adotaram e cuidaram de mim o tempo todo, inclusive eles  avisavam as enfermeira cada vez que meus medicamentos e soro terminavam para trocar por outros, enquanto eu dormia.  Sem falar na corrente de orações e vibrações vindas dos familiares e amigos pelo telefone e internet  é inexplicável a alegria de se sentir tão amada e acompanhada mesmo a distância. Meu MUITO Obrigado a todos, guardo cada um no meu coração e em especial a Manuela e Marilene e seus respectivos maridos, pelo atenção e o tempo dispensado comigo.

Em fim, amanheci com a visita do médico de plantão e ao me examinar me falou que os NOVOS antibióticos (posso passar o nome p quem tiver interesse)e medicamentos aplicados durante a tarde e noite ali no hospital teve um saldo positivo, diminui significativamente a inflamação e bastaria seguir com o administração deste por 7 dias, não sendo necessário a drenagem, poucas horas depois o responsável por esta intervenção pequena mas invasiva – o Otorrino confirma a prescrição e assim me deram ALTA, Ufa para minha alegria e da minha torcida!!!!

Moral da história: cuidado com a BENZETACIL;  suspeitem quando os medicamentos já não respondem é hora de buscar outro médico; pedir exames específicos; não subestimem uma dor de garganta e outras “simples” doenças pois elas podem complicar!!!!!

Ah ... já ia esquecendo que por recomedaçao medica devo ficar alguns dias aqui ainda (nada de avião) e por isso farei as fotos da pousada e dos lençóis, sem abusar do sol, agua e esforço físico. Aguardem as imagens!

Acho que terei que pagar SOBREPESO de vagagem com todos os medicamentos comprados, fora o prejuízo no bolso!