domingo, 3 de junho de 2018

A caminho de Marrocos

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Sempre quis conhecer Marrocos e várias foram as oportunidades que deixei passar. Desta vez, Mateus me sobrinho e afilhado número 1, convenceu-me que este seria o justo momento. Ele, acabara de passar no vestibular, de tirar a sua carteira de motorista e se emancipar em várias questões, como muitos jovens aos 18 anos de idade. Não tínhamos dúvidas que uma viagem destas (ao estilo mochileiro) proporcionaria novas experiências e aprendizados. Ele apaixonado por surf … eu apaixonada pela África e fotografia … Marrocos era o destino certo!



Embarcamos dia 3 de junho de 2018, às 23h, pela ROYAL AIR MARROCOS (barata, precária, desorganizada,….) direto para Casablanca, via Rio de Janeiro. Em menos de 10h cruzamos o Atlântico e aterrizamos em um moderno aeroporto. Para nossa surpresa, todos os passageiros que estavam a bordo seguiram conexão para outros países e apenas Mateus e eu, fizemos fronteira e retiramos nossa bagagem. O aeroporto era só para nós!
Atenção surfistas: para a prancha* ser despachada tivemos que pagar um valor de $150 (dólares), a informação que constava no site da companhia era confusa.
Meio atordoados e muito cansados (sem ter dormido nada no voo), ainda no aeroporto, fomos abordados por Hassan, um rapaz que alugava carros. Nós, ainda sem nenhum planejamento de viagem, não tínhamos uma rota definida, muito menos reserva de hospedagem. Sabíamos de antemão algumas cidades que queríamos visitar e assistimos alguns documentários interessantes, só.
No início resistimos e depois de muita negociação Mateus com toda sua capacidade de fazer cálculos e sua ousadia, decidiu que seria o mais conveniente. O custo do carro* foi $20 (dólares) por dia, mais econômico que demais transportes, considerando que a passagem de trem ou de bus, por trajeto, custa na média $10 dólares por pessoa, fora o taxi do terminal ao local de hospedagem/praia/pontos turístico/… Além do mais, nem falar do conforto e da liberdade.
No caminho do aeroporto para o centro de Casablanca, por volta das 15h percebemos que a cidade estava enlouquecida, as lojas fechando, as pessoas na rua pedindo taxi e/ou esperando ônibus, os policiais dando ordens pra tentar organizar … o transito estava um caos, …. foi um sufoco. Logo nos inteiramos que se tratava do RAMADÃO – jejum feito pelos muçulmanos que dura 30 dias (depende da lua). Durante esses dias eles não podem comer, beber, fumar,….nada durante o dia, apenas saliva! Assim que o sol se pōe e antes de nascer, eles então, podem comer e tudo mais. Portanto, neste periodo nenhum restaurante abre de dia, difícil encontrar um lugar para comer em cidades não turísticas. Nesse período eles rezam várias vezes por dia e muitas chamadas ą oracao são emitidas por auto-falante que ficam na torre das mesquitas para a rua. Eu diria que é mais fácil fazer o jejum assim, longe das tentações e sob o olhar de muitos!
O hotel que nos hospedamos ficava dentro da medina* próximo da MESQUITA HASSAN II, é a segunda maior mesquita islâmica do mundo (depois do Meca) e o mais alto templo do mundo, com 200 metros de altura. É de uma beleza impar e com uma riqueza de detalhes e luxo. Ah, a única a permitir a entrada de turistas não muçulmanos!






Nossa intenção com estas postagens é compartilhar e registrar com detalhes nossas vivências e observações, e ainda dar dicas e informações de trajetos, endereços, valores, …. que estarão sempre na parte inferior do post (DICAS) junto com a explicação de cada palavra que apresentar um*.
CURIOSIDADES
Moeda local: DIRHAM (MAD) : 1 dolar = 9,2 dirham (2018)
Carro: modelo Clio (Renault), automatico, a diesel. O litro do diesel é 9,8 MAD.
Medina: é um aglomerado urbano organizado dentro de muralhas (antigos fortes), normalmente são consideradas as antigas cidades.
Hotel Majestic:








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