sábado, 22 de janeiro de 2011

Mulheres Girafas

MULHERES GIRAFAS



Finalmente chegamos em CHAI MAI – norte da Tailândia, depois de 15 horas de trem, eu que pensava nunca mais pegar esse tipo de trem depois da minha experiência na Índia, eis que novamente tinha caído nessa cilada, mas não posso reclamar porque de noite as poltronas viraram cama e pudemos esticar as pernas e descansar pra valer.

Como era muito cedo 6 a.m. saímos para o mercado local e visitar um poço a ‘cidade velha’, tudo bem mais barato e um pouco desorganizada a cidade e o transito.

Partimos então para o nosso tão desejado objetivo: conhecer as aldeia onde moram as ‘mulheres girafas’. Uma Toyota nos levou até um ponto onde estão os elefante, cerca de 1 hora de viagem e lá nossa maior aventura: 50 minutos montanha acima e abaixo em cima de um elefante, que medo!!! Ele parou diversas vezes para comer, fazer necessidades, espirrar, descansar e não se importava de pisar nos piores buracos fazendo balançar e dando muito medo.



Mulheres girafas

• Originárias de Mongólia, migraram para a zona central de Mianmar por volta de 2.000 anos e hoje se encontram também no extremo norte da Tailândia, vivem numa aldeia perto da cidade de Chiang Mai.

• Da etnia kayan, tradicionalmente, envolvem seus pescoços em aros metálicos, entre cinco e 25, cada qual com 8,5 milímetros de diâmetro (antigamente de ouro e, hoje, de cobre ou latão) colocados desde a infância. Usam também aros nos tornozelos e pulsos, afinando esses membros também.

• Só no pescoço chegam a carregar mais de 10 kg de aros, juntando com os anéis dos braços e tornozelos, o peso pode superar os 20 kg.

• O pescoço alonga até 25 centímetros, segundo estudiosos não é o pescoço que cresce, mas os ombros que descem – a clavícula vai cedendo com o peso dos aros. Dessa maneira, quatro vértebras torácicas passam a integrar a estrutura do pescoço.









São chamadas de mulheres-girafas não só pelo tamanho do pescoço, mas também pelo andar característico, extremamente altivo, provocado pelo uso e pelo peso do colar.

A origem desse hábito na Ásia tem várias interpretações lendárias:

• O colar teria sido uma punição para as mulheres adúlteras de antigamente;

• Uma proteção para as camponesas contra os tigres que as atacavam na garganta para beber seu sangue quando trabalhavam nos campos;

• Os homens teriam feito isso com suas mulheres para torná-las feias, evitando que fossem raptadas ou, ao contrário, ornamentavam-nas dessa maneira para mostrar sua riqueza e se fazer respeitar;

• O colar espantaria os nats – forças sobrenaturais para as quais os birmaneses animistas (que cultuam a natureza) e até mesmo budistas constróem altares embaixo de grandes árvores – os nats bons enviam boas vibrações do céu, enquanto os maus se intrometem nos assuntos terrenos;

• para os padaungs, o centro da alma é o pescoço, assim, para proteger a alma e a identidade da tribo, as mulheres protegem o pescoço com aros.

• “uso todos estes aros, assim como minha mãe, minha avó e minha bisavó usavam, simplesmente para ficar mais bonita”.




Atualmente representa o seu “ganha-pão”, pois são visitadas por muitos turistas e vendem os artefatos que elas mesmos produzem

• Ao contrário do que se pensa, a cabeça dessas mulheres não cai quando o colar é retirado, entretanto o pescoço continua rijo e se quebraria se a cabeça fosse virada (costumam tirar o colar para se lavar).

• São alegres e de invejável vitalidade enquanto trabalham nos campos, colhem frutas, peneiram arroz, costuram e até ensaiam passos de dança.



9 comentários:

  1. fantástico!!!!que experiência ímpar!!!!
    estou amando viajar com vcs daqui....

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  2. Nossa, que viagem... que bagagem cultural que se adquire com tudo isso.. parabéns meninas, um beijão e um grande abraço!
    dudu

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  3. Pensei que esse costume já tivesse acabado. Fotos impressionantes.

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  4. que medo dos elefantes! hahahah
    lindas fotos!
    bjs!
    Michelle

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  5. Eu também quero andar de elefante=) Lembrasse de mim Bi? haha
    Tenho uma nova teoria sobre os colares, provavelmente deve ter uma argolinha onde se prende a guia e os maridos as puxam como cachorrinhos hehe brincadeiras à parte, adorei!
    beijo,
    Mireli

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Ola... comecei minha viagem contigo hoje... e ja estou adorando te conhecer e toda essa cultura que voce ta postando aqui... beijao e boa viagem!! Du Xavier

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  8. Simplesmente maravilhoso.
    Boas vibrações vividas intensamente em sua trajetória artística Virgínia.
    Beijão e forte abraço carinhoso.
    Sérgio e Sandra.

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  9. Estas mulheres são lindas, não?
    Em nossa cultura também temos acessórios e vestimentas que limitam nosso corpo, como as sais justíssimas e os sapatos altíssimos.
    É preciso relativizar.
    Beijos

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