segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Ho Chi Minh (Saigon) - Vietnã


Flores AmarelasSimboliza a vida, a alegria, a força, o entusiasmo, o relacionado com o Sol e a Vida.

A CONCHINCHINA existe, aliás existiu, não é apenas uma expressão, quando queremos dizer “fim do mundo”. Ela estava localizada ao sul da antiga Indochina (Laos, Camboja e Viena) o que vem a ser hoje em dia Ho Chi Minh conhecida como antiga Saigon (ex-capital do Vietnã), é a maior cidade do país. Situa-se no sul do país (1.800 km de Hanoi) e tem cerca de 6,1 milhões de habitantes.

Ontem as 22:10 p.m. estávamos no aeroporto prontas para mais um destino que pela distancia e pouco tempo nos convidou a chegar voando (U$ 73), estamos nos acostumando mal....que problema!. Mas, merecíamos pois na noite anterior tínhamos viajado de a noite inteira de trem de Sapa para Hanoi numa cabine com uma criança de 1 ano, hiperativa que chorou a noite inteira.  Depois de 2 horas de voo chegamos a Saigon e sem saber em que hotel ficar pedimos a um taxista que nos levasse no centro velho, na parte turística e ali juntamente com ele olhamos um par de hotéis até encontrar um de nosso agrado.

 No dia seguinte o cansaço acumulado da viagem juntamente com o choque térmico, desta vez do frio para o calor, nos aplastou de tal maneira que precisamos tomar muito café, coca-cola e até guaraná em pó, para levantar um pouco a pressão.

Vésperas do Ano Novo Chinês ( 3 de Fevereiro de 2011)

Tết Nguyên Đán ("Festival do Primeiro Dia"), é o feriado e festival mais importante e popular do Viena. Também conhecido como Ano Novo Vietnamita, marca a chegada da primavera com base no calendário lunar.

Saímos a caminhar pela cidade e avistamos de longe uma praça enorme CHEIA de flores para vender, a maioria amarelas e todas as espécies que se possam imaginar e com cheiros muito atractivos, foi muito emocionante passear por entre tantas flores.

VÉSPERAS DE ANO NOVO

- Antes do dia de Ano Novo as famílias chinesas decoram as suas salas de estar com vasos com botões de flores, laranjas e tangerinas e frutas cristalizadas, para começar o ano de forma doce.

- Escrevem também votos de felicidade em papel vermelho que colocam na parede.

- É de boa educação trazer um cesto com laranjas ou tangerinas e oferecê-lo a familiares e amigos durante a semana de celebração do Ano Novo, pois estes frutos representam a abundância da felicidade. Para os chineses sem flores não haverá frutos, por isso fazem arranjos com flores frescas, que representam o renascimento da natureza




• A casa deve ser limpa antes do Dia de Ano Novo, nesse período os chineses fazem uma bela faxina em suas casas para espantar os maus espíritos e atrair boa sorte.

• As dívidas devem estar pagas até esta dada, para afastar o mau das finanças
Ano Novo Chinês 2011 será realizado nos seguintes países: Hong Kong, China, Vietnã, Cingapura, Coréia, Malásia e Taiwan. Que honra sentimos em estar justamente num deste países para festejar o Ano Novo com eles. Estamos muito curiosas!

 Apertem o link abaixo e escutem que bela música daqui do Vietna

 http://mp3.zing.vn/mp3/nghe-album/album-hot/hoa-tau.html


 


 


 



domingo, 30 de janeiro de 2011

SAPA - Vietnã


Depois de 8 horas de trem até Bac Há e logo 1 hora de Van montanha acima entre curvas, precipícios e neblina, eis que chegamos a SAPA. Uma pequena cidade de aproximadamente 37 mil habitantes, localizada nas montanhas no norte do Vietnã (quase fronteira com China). Vizinha a vários vilarejos, onde vivem algumas etnias minoritárias, que cultivam o arroz na água, em terraços de níveis diferente de maneira milenar, parecido com o sistema dos Incas no Perú.

As curvas de nível dos arrozais esculpidas nas montanhas e a montanha Fansipan, a mais alta do sudeste da Ásia, com 3 143 metros, são de beleza impar.




Desta vez estávamos mais ou menos preparadas para o frio, mas foi ainda pior do que imaginávamos, era um frio úmido, de sair fumaça da boca ao falar, de manha cedo e a noite a temperatura chegou a ZERO graus. Não vimos o sol em nenhum momento pois a neblina tomou conta de toda a paisagem. O fato de estar à 1600 metros de altitude explica.

Fomos através de um pacote que incluía transporte, hotel, refeições e guia, tudo muito bem organizado. Como chegamos muito cedo, 5 a.m. tentamos dormir um pouquinho mas o frio era tanto que descemos para a refeitório onde tinha uma vazia grande com fogo e um roda de pessoas em volta para se aquecer. Nossa guia nos buscou as 9:30 a.m. e ao sair do hotel eis que uma dezena de mulheres nativas nos cercaram oferecendo seus produtos artesanais, foi uma mistura de emoção em ver aquela gente tão diferente, com trajes típicos, de baixa estatura, alegres, algumas delas carregando seus bebes nas costa amarradas por um pedaço de tecido, outras com dente de ouro, uns brincos muito grandes e pesados quase que rasgando a orelha. Aquela gente alegre e calorosa nos esquentou nesse primeiro momento. Saímos então caminhando rumo a uma comunidade e muitas dessas mulheres e crianças nos acompanharam.

 

Caminhamos por mais de duas horas, passando por alguns arrozais e logo chegamos ao um dos vilarejos chamado CAT CAT e conhecemos o modo como vivem de maneira bem humilde, cozinha com fogo de chão, banheiro do lado de fora, os homens trabalham na agricultura e as mulheres nos teares, bordando e tingindo tecidos. Voltamos para almoçar e a tarde era livre para percorrer a cidadezinha.

















Depois da janta estávamos com outros hospedes em volta ao fogo, foi uma noite bem calorosa regada por vinho e a companhia de um casal de italianos, um Frances de origem espanhola e um australiano.


No dia seguinte outro tour nos esperava, antes de sair os donos do hotel nos ofereceram botas de plástico até joelho , nos aceitamos pensando que era apenas pela chuva fina que havia lá fora, mas quando começamos a caminhar a estrada se tornava cada vez mais difícil e ate perigosa, era sempre morro abaixo com algumas subidinhas mas a lama era tanta que facilmente enterrávamos a bota inteira ao pisar. Foram 3 horas de sacrifício, pois em muitos pedaços chegávamos a escorregar, por sorte essas mulheres que também nos acompanhram nesse dia seguraram nossas mãos para não cair e mesmo assim eu consegui cair duas vezes. Chegou um momento que o stress era grande pois, alem do esforço em caminhar na lama, fazia muito frio, havia neblina e uma chuvinha de vez em quando impedindo de fotografar, não sendo preconceituosa mas apenas usando uma expressão popular, foi um verdadeiro “programa de índio”. Mas valeu MUITO a pena, creio que as fotos revelam isso.























Ao conhecer as condições que essas pessoas moram eu nem me permitia reclamar tanto, ao final, eu estava experimentando apenas um pouquinho do que elas vivem, depois eu voltaria para o hotel para tomar um banho quente, comer e dormir bem aquecida diferente delas, que lhes esperava um quarto escuro numa casa de madeira, sem luz, sem água encanada muito menos quente e sabe lá se tinham cobertor suficiente para se aquecer. Eu voltaria para minha realidade e elas permaneceriam ali, tentando vender suas artesanias por um ou dois dólares, mulheres idosas e crianças, dia após dia, ano após ano. Que outro futuro elas poderiam sonhar ou pensar?